22 de junho de 2010

Propostas de Economia Sustentável dos Presidenciáveis 2010

Ao realizar pesquisas e participar de projetos para a geração de energia limpa e renovável, deparo-me com um tema de alta relevância; a economia sustentável para o desenvolvimento de uma nação.

Em diretrizes de programas de candidatos a presidência da república em 2010, gostaria de salientar o item Infraestrutura para a economia sustentável;

Proposta da
candidata do PV - Partido Verde, Marina Silva; – A infraestrutura é base fundamental para sustentação do crescimento e desenvolvimento econômico. A forma como é planejada e constituída tem enorme impacto na distribuição geográfica do desenvolvimento, na qualidade de vida da população e nos impactos ambientais. Na transição para uma economia de baixo carbono o planejamento da infraestrutura deve ter foco em uma infraestrutura que seja eficiente e sustentável no uso dos recursos naturais.

Nos sistema de transporte a ênfase deve ser dada às ferrovias, às hidrovias e aos sistemas híbridos combinando biocombustíveis e eletricidade.

O sistema elétrico brasileiro necessita de um acréscimo anual, na sua capacidade instalada de geração, em torno de 3.300 MW médios. Esse acréscimo tem sido planejado quase que exclusivamente por meio de grandes hidroelétricas localizadas na Bacia Amazônica. Os projetos de geração baseados em energia eólica e co-geração têm sido marginais, enquanto os projetos de pequenas centrais hidroelétricas não são avaliados em seus impactos cumulativos, quando são implantados ao longo de um mesmo curso d’água ou micro bacia hidrográfica.

Deve-se dar início a uma diversificação nos projetos de geração, de forma que o país possa usar a complementaridade de diferentes fontes para a sustentabilidade da oferta de energia renovável. Entre essas fontes merecem destaque a eletricidade co-gerada no processamento da cana-de-açúcar, a advinda dos projetos eólicos de grande altura (acima de 80 metros) e dos sítios off shore, além dos projetos hidroelétricos já em andamento, como as do rio Madeira. Os novos aproveitamentos hidroelétricos – principalmente da Bacia Amazônica – deverão ter sua avaliação ambiental estratégica e integrada amplamente divulgada e devidamente analisada a partir de suas audiências públicas.

Também as políticas de incentivo à redução da demanda de eletricidade deverão ter seu devido destaque. Além dos instrumentos de natureza financeira e tributária, deverá ser prioritária a adoção de novas tecnologias de gestão da malha de transmissão e distribuição – conhecidas como “smart grid” – de forma a favorecer a introdução das diferentes alternativas de geração distribuída.

O saneamento básico será priorizado e todas as alternativas de geração de energia a partir do tratamento do esgoto serão incentivadas. O tratamento de resíduos sólidos impulsionará novos negócios a partir da redução da geração, do reuso, do reaproveitamento, da reciclagem e da recuperação energética dos resíduos, como preconiza a lei sobre resíduos sólidos já aprovada pela Câmara dos Deputados.

Proposta da candidata do PT - Partido dos Trabalhadores, Dilma Rousseff; - Na COP15 a então ministra da Casa Civil pontuou que o país deve ser gerido sob o manto de;

Brasil: por uma economia sustentável

Desenvolver o país, preservar a vida, garantir o futuro

Controlar o aquecimento global é um dos maiores desafios que a humanidade enfrenta.

Reduzir em 80% o desmatamento na Amazônia e em 40%, o desmatamento no cerrado (corte de 669 milhões t CO2eq).

  • Adotar intensivamente na agricultura a recuperação de pastagens, a integração agricultura-pecuária, o plantio direto na palha e a fixação biológica de nitrogênio (corte de 133 a166 milhões t CO2eq)
  • Ampliar a eficiência energética, o uso de biocombustíveis, a oferta de hidrelétricas e as fontes alternativas como biomassa, eólicas, pequenas centrais hidrelétricas na matriz elétrica e o uso de carvão de florestas plantadas na siderurgia (corte de 174 a 217 milhões t CO2eq).
"O futuro não nos perdoará se desperdiçarmos esta oportunidade de tornar o mundo melhor, ambientalmente mais seguro, para nós e para os que virão depois", Dilma Rousseff.

Proposta do candidato do PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira, José Serra; - No Brasil, sabidamente, o desmatamento representa a grande fonte de emissões de GEEs. "Isso não pode continuar. Seja articulando para que o mecanismo conhecido como REDD (Redução de Emissões para Desmatamento e Degradação) se transforme em realidade, seja melhorando, em muito, a fiscalização ambiental na Amazônia, torna-se necessário estancar a devastação florestal, certamente a pior forma de crescer uma economia regional". Serra continua dizendo; "Quero, todavia, chamar a atenção para a importância da recuperação ambiental das áreas degradadas. Em São Paulo, onde viramos a página do desmatamento, estamos reflorestando as matas ciliares do território, protegendo rios, córregos e nascentes dágua. A Secretaria Estadual do Meio Ambiente já cadastrou 370 mil hectares de áreas em recuperação, dentro de uma meta que visa chegar a 2020 com um milhão de hectares recuperados. Devido à fotossíntese realizada nas plantas, o potencial de absorção de CO2 da atmosfera é notável, atingindo 65 milhões de toneladas, cerca de metade das emissões totais de São Paulo estimadas em 2005". By Ton.