O marketing político pode ser considerado complexo, por possuir muitas peculiaridades. Atualmente o marketing político utiliza os meios de comunicação em massa, especialmente os meios eletrônicos como principal fonte de informação sobre os possíveis candidatos eleitorais, apresentando-os aos futuros eleitores através de uma imagem midiática supostamente ética e confiável.
Num mundo onde “uma imagem vale mais do que mil palavras”, o modo de se fazer política mudou substancialmente, se tornando um refém da imagem pública. Pois os sujeitos e instituições políticas disputam uma visibilidade política que passa invariavelmente pela comunicação. Não só pela propaganda, mas, pela imprensa, relações públicas e marketing.
Hoje já não é mais suficiente fazer ou justificar um projeto político, por mais importante que seja, é necessário demonstrar a sua eficácia de maneira simples, direta e eficiente. É aí que entra a importância da opinião pública, como possibilidade de mensuração das imagens emitidas, funcionando assim como um indicador de como governar. Mas não basta informar é preciso sempre estar de forma positiva na multiplicação de opiniões da sociedade, criando bases para a sua legitimidade e promoção. Assim, as várias formas de comunicações midiáticas, são parte das operações políticas.
Para a concepção clara da conquista do poder em função da imagem midiática e sua ética é preciso subir o pano que encobre os bastidores do espetáculo da comunicação. Entre os atores políticos aqui abordados, o poder executivo estará em evidência, através de análises superficiais da estância máxima do poder político presidencial.
No entanto, vale ressaltar que o marketing não pode tudo, seu poder de persuasão também tem limites e o excesso de exposição também gera um impacto negativo junto à opinião pública. O poder alcançado através da mídia sempre acompanha as mentes e os desejos da sociedade, sua atenção está voltada aos olhares de sede da massa, que por sua vez desconhecem das ações ideológicas e antiéticas dos detentores do poder.
No Brasil, assim como em inúmeros outros países, a campanha política profissional, com a utilização de recursos de marketing como propaganda, promoção e publicidade aliada aos meios de comunicação sofisticados (televisão, rádio, internet, jornal, revista, entre outros) vem atribuindo maior investimento em imagens midiáticas que podem levar ao poder.
Portanto, o candidato ao poder não é mais aquele que busca através de seus adjetivos conquistar os eleitores, e sim, aquele que acompanha as tendências do mercado, orientando-se com as informações de acordo a visão do seu plano de marketing. Ao centrar as atividades de marketing no eleitor, o marketing político, traz estratégias semelhantes às das empresas que lidam bem com o cliente.
Embora centenas de variáveis estejam envolvidas, a tomada de decisões em marketing pode ser dividida em quatro estratégias, conhecidos como os quatros P’s: Produto, Preço, Ponto (distribuição), Promoção. Seu conjunto forma o composto de marketing ou marketing-mix – "mistura" dos quatro elementos de estratégia para atender às necessidades e preferências de um mercado (alvo específico).
Essas estratégias citadas acima vêem sendo bem aplicadas pelos marqueteiros aos possíveis atores da política que buscam sempre estar presente ao poder, através do espetáculo da mídia1 proporcionado por uma campanha de marketing vitoriosa.
1 Do latim media (meio) que significa o conjunto dos meios de comunicação pelos quais a comunicação é feita, como rádio, jornal e televisão.
O poder político por sua vez, pode ser melhor compreendido, analisado e desvendado via ação do marketing político.
Texto de Consultoria, by Clayton Fernandes, Marketing Político - Universidade de São Paulo, 2005.
Contato: clayton@royalbusinessconsult.com.br
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