É certo de que o etanol deva concorrer com outras fontes de energia renováveis como hidrogênio e a eletricidade (carros elétricos). Entretanto, por razões estratégicas e/ou protecionistas, é importante aqui retomar a agenda estratégica para relações bilaterais entre Brasil e Estados Unidos. A execução da seção brasileira do projeto agenda bilateral é comandada pelo CEBRI - Centro Brasileiro de Relações Internacionais, via o CEBEU - Conselho Empresarial Brasil e Estados Unidos, ao qual temos a honra de apoiar desde 2006, participando de reuniões presenciais no auditório da FAAP - Fundação Armando Alvares Penteado, São Paulo.
Além do CEBEU atuamos como voluntário em ações de políticas internas correlacionadas a saúde pública dos americanos, onde o presidente Barack Obama me exclama, através de e-mail´s trocados, que "Este é o momento!" para a mudança do sistema de saúde americano com apoio da população e do congresso. Aproveito o ensejo para dizer que também é o momento para que os EUA e Brasil coordenem políticas públicas em sintonia reginonal para garantir que o crescimento do mercado de etanol seja real e sustentável nos dois países.
Em São Paulo, no ano de 2007, o ex-presidente americano George W. Bush assinou com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, um protocolo de intenções na área energética para garantir a produção de energia limpa e sustentável. Tal documento trazia a possibilidade de troca de tecnologias voltadas a produção de etanol e possível aumento de % inserção desse combustível na frota de veículos dos Estados Unidos.
De acordo com o CEBRI, em 2007 nos EUA, a produção de etanol situava-se em torno de 15 bilhões de litros. Em 2002, foram produzidos 7,9 bilhões de litros, subindo para 12,9 bilhões em 2004. A nova lei de energia americana (Energy Policy Act de 2005) estabelece uma meta de uso de 28,4 bilhões de galões anuais de álcool combustível a partir de 2012.
Enquanto a demanda do mercado americano de energia sustentável aumenta a cada dia, o congresso brasileiro perde precioso tempo tratando de argumentos internos em prol de mantenedoria do poder presidencial da casa.
Acordos bilaterais - Segundo o Conselho Empresarial Brasil - Estados Unidos "há a possibilidade de bons resultados em diferentes setores da ciência e da tecnologia, onde o pragmatismo tem prevalecido, sobretudo nas áreas de saúde, pesquisa biomédica, ciências da terra e atmosférica". A área de energia é, de longe, a mais promissora, atualmente e no futuro, para o desenvolvimento da cooperação bilateral, em suas diversas vertentes, sobretudo as tecnologias de renováveis. "A tecnologia de renováveis energéticos, de modo amplo, com ênfase no etanol, no biodiesel e em outros produtos do agronegócio, pode e deveria constituir um elemento central da cooperação em ciência e tecnologia em suas diversas vertentes: formação de pessoal, intercâmbio quanto a técnicas agrícolas e agronômicas, processos industriais e construção conjunta de mercados para os produtos inovadores", conclui relatório do CEBEU.
Agenda - A agenda bilateral proposta em 2006, mas ainda atualíssima em 2009, traduz a opção por centrar os esforços de cooperação em poucos temas que tenham cumulativamente três características: Natureza estratégica; Temas nos quais os dois países sejam atores relevantes no cenário pertinente, seja ele regional ou mundial; e Temas em relação aos quais se possa formular uma hipótese realista e pragmática de cooperação levando a soluções ganha-ganha para os dois países. Uma forma de negociação 50% a 50% para ambos.
Os temas primordiais da agenda bilateral proposta em 2006, ainda devem fazer parte do foco de ação do atual governo Obama e do governo Lula e de seu vindouro(a) sucessor(a) em 2010 (Dilma ou Serra):
* Negociações comerciais;
* Reforma da OMC;
* Energia;
* Cooperação política na América do Sul;
* Acordos em temas importantes para o ambiente de negócios.
A Royal Business & Associados - www.royalbusinessconsult.com.br mantém através de seu diretor presidente ações políticas de debate focado na área de energia renovável e incentivo a novas práticas de relações internacionais no âmbito de comércio e cooperação de novas leis para a prática de negócios promissores entre Brasil e Estados Unidos. A empresa assina e apoia o desenvolvimento dos temas propostos na agenda do CEBRI como a formação de um mecanismo institucional que “enquadre” as diferentes iniciativas aqui relatadas. Fontes: Casa Branca, My Barack Obama.com, CEBRI, CEBEU, FAAP, Mix Ideias.
Edição e Texto by Clayton Fernandes.
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