O lançamento do Pré-Sal (exploração de reservas de petróleo em águas profundas) pelo governo Lula reacende a máxima de que energia é poder! O histórico de relacionamento entre a civilização e sua primordial fonte energética é extenso e íntimo demais para que em um estalar de dedos tome rumos radicalmente diferentes. Tão íntimo que estamos falando de moléculas de carbono, das quais o petróleo é feito tanto quanto nós e demais seres vivos. Entretanto, é justamente o carbono lançado na atmosfera de forma descontrolada que se tornou a maior ameaça da vida na Terra.
Segundo o físico Luiz Pinguelli Rosa, diretor da Coppe/Universidade Federal do Rio Janeiro,o colapso dos mercados serve como um ruidoso wake-up call de que o sistema econômico-ecológico em que vivemos no planeta precisa ser relançado sobre novas bases, nada mais fundamental que rever o combustível que deve girar novos motores.
Energia altamente concentrada em forma líquida, com ocorrência nos quatro cantos do mundo e capaz de ser utilizado em todos os países, o petróleo prestou-se a mover a economia mundial com escala, preços globais e eficiência. Finito é, mas há controvérsias quanto à data em que se esgotará ou se tornará tão difícil de extrair que até as mais avançadas tecnologias não conseguirão garantir sua viabilidade comercial.
Hoje, apenas 13% da energia primária produzida no mundo é renovável. Os demais 87% dividem-se em petróleo, gás natural, carvão mineral e energia nuclear. No Brasil, a proporção é de 45% (renovável) para 55%, relação que tende a ficar estável, segundo Leonardo Caio, coordenador-executivo da Pós-Graduação em Negócios de Petróleo, Gás e Combustíveis da Fundação Instituto de Administração (FIA). Por mais que as petrolíferas anunciem sua transformação em empresas de energia, a participação de fontes renováveis nos investimentos totais ainda é diminuta. “Nós bem que gostaríamos, mas a matriz energética no mundo não vai mudar significativamente em menos de 30 anos”, diz Saul Suslick, diretor do Centro de Estudos do Petróleo (Cepetro), da Unicamp.
O Sol é uma alternativa de geração de energia renovável não aproveitada de forma real. A fonte de energia solar é diária e sem restrições de uso. No que diz respeito à geração de energia através do Sol, o Brasil poderá contar com uma vantagem comparativa permanente que lhe confere o clima. No entanto, para que esta vantagem se concretize, é necessário potencializá-la pela pesquisa e por investimentos nos equipamentos apropriados. Dada a importância do aproveitamento da energia solar captada pela fotossíntese, convém olhar além dos biocombustíveis e avançar na direção das demais formas de aproveitamento dessa energia. Além de pesados investimentos em equipamentos e tecnologia para exploração do Pré-Sal o governo federal poderia ficar atento em relação a aquisição de tecnologias para geração de energia renovável, seja via luz solar, pequenas centrais hidrelétricas ou fazendas eólicas. Empresas como a Petrobrás deve de fato alcançar geração de energia renovável e não apenas usar essa fonte de energia como plataforma de marketing institucional, uma vez que o principal negócio da empresa é o petróleo.
A revista Fortune recentemente assinalou uma corrida por parte de várias empresas para adquirir terrenos situados no deserto de Mojave, nos estados da Califórnia, de Nevada e do Arizona, com o objetivo de ali instalar centrais elétricas movidas a energia solar. Os maiores bancos americanos estão envolvidos e os preços da terra dispararam: antes da última crise financeira, chegaram a US$ 25 mil por hectare em lugares onde os mesmos terrenos, há poucos anos, não valiam mais de US$ 1.250.
Segundo o físico Luiz Pinguelli Rosa, diretor da Coppe/Universidade Federal do Rio Janeiro,o colapso dos mercados serve como um ruidoso wake-up call de que o sistema econômico-ecológico em que vivemos no planeta precisa ser relançado sobre novas bases, nada mais fundamental que rever o combustível que deve girar novos motores.
Energia altamente concentrada em forma líquida, com ocorrência nos quatro cantos do mundo e capaz de ser utilizado em todos os países, o petróleo prestou-se a mover a economia mundial com escala, preços globais e eficiência. Finito é, mas há controvérsias quanto à data em que se esgotará ou se tornará tão difícil de extrair que até as mais avançadas tecnologias não conseguirão garantir sua viabilidade comercial.
Hoje, apenas 13% da energia primária produzida no mundo é renovável. Os demais 87% dividem-se em petróleo, gás natural, carvão mineral e energia nuclear. No Brasil, a proporção é de 45% (renovável) para 55%, relação que tende a ficar estável, segundo Leonardo Caio, coordenador-executivo da Pós-Graduação em Negócios de Petróleo, Gás e Combustíveis da Fundação Instituto de Administração (FIA). Por mais que as petrolíferas anunciem sua transformação em empresas de energia, a participação de fontes renováveis nos investimentos totais ainda é diminuta. “Nós bem que gostaríamos, mas a matriz energética no mundo não vai mudar significativamente em menos de 30 anos”, diz Saul Suslick, diretor do Centro de Estudos do Petróleo (Cepetro), da Unicamp.
O Sol é uma alternativa de geração de energia renovável não aproveitada de forma real. A fonte de energia solar é diária e sem restrições de uso. No que diz respeito à geração de energia através do Sol, o Brasil poderá contar com uma vantagem comparativa permanente que lhe confere o clima. No entanto, para que esta vantagem se concretize, é necessário potencializá-la pela pesquisa e por investimentos nos equipamentos apropriados. Dada a importância do aproveitamento da energia solar captada pela fotossíntese, convém olhar além dos biocombustíveis e avançar na direção das demais formas de aproveitamento dessa energia. Além de pesados investimentos em equipamentos e tecnologia para exploração do Pré-Sal o governo federal poderia ficar atento em relação a aquisição de tecnologias para geração de energia renovável, seja via luz solar, pequenas centrais hidrelétricas ou fazendas eólicas. Empresas como a Petrobrás deve de fato alcançar geração de energia renovável e não apenas usar essa fonte de energia como plataforma de marketing institucional, uma vez que o principal negócio da empresa é o petróleo.
A revista Fortune recentemente assinalou uma corrida por parte de várias empresas para adquirir terrenos situados no deserto de Mojave, nos estados da Califórnia, de Nevada e do Arizona, com o objetivo de ali instalar centrais elétricas movidas a energia solar. Os maiores bancos americanos estão envolvidos e os preços da terra dispararam: antes da última crise financeira, chegaram a US$ 25 mil por hectare em lugares onde os mesmos terrenos, há poucos anos, não valiam mais de US$ 1.250.
Segundo estimativas, o mercado da energia solar vai movimentar nos Estados Unidos US$ 45 bilhões em 2020. A Ausra,uma empresa recém-formada em Palo Alto, anunciou que vai construir projetos de 1 GW por ano. Por sua vez, a OptiSolar, de Hayward, assumiu o controle de mais 40 mil hectares para instalação de usinas fotovoltaicas com potência total de 9 GW.
Trata-se de uma mudança significativa de escala, já que a maior usina fotovoltaica em funcionamento é de 15 MW. A empresa espanhola Abengoa, muito ativa no seu país de origem, está montando uma usina de 280 MW no Arizona. Espanha e Portugal são dois outro países que apostaram na energia solar.
Além disso, na Cúpula Euro-Mediterrânea,realizada em Paris em julho, foi aprovado um plano de aproveitamento da energia solar na África do Norte. Este integraria um esquema ambicioso – e caro, estimado em 45 bilhões de euros – de construção de uma superrede que permitiria aos países europeus compartilhar a energia elétrica produzida a partir de diferentes fontes renováveis: energia solar na África do Norte, energia eólica no Reino Unido e na Dinamarca, e energia geotérmica na Islândia e na Itália. Fontes: PG.22, Petrobrás, Unicamp, UFRJ. By. Clayton Fernandes.
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